terça-feira, novembro 25, 2008
Rua da Felicidade
Eu encontrei o caminho para a felicidade!
Ainda que muito tenha que caminhar em direcção ao infinito, é essa luta diaria que me faz erguer e continuar a luta incondicionalmente contra tudo o que se me opõe a deixar seguir em frente e todas essas barreiras que me fazem sentir feliz ao ultrapassar.
Nunca se dá valor aquilo que nos é oferecido de mão beijada
Uma boa dose de suor e lágrimas, fazem parte da solução que diluída numas noites sem dormir, numas dores de costas, e numas feridas mal saradas, para que se dê a devida importância à felicidade que é poder acordar , viver , sentir, respirar!
A felicidade não é perfeita tem que ser trabalhada e nem sempre o resultado é o esperado, mas como tudo na vida nada é perfeito quando visto à lupa.
O importante é não deixar de lutar
sexta-feira, novembro 21, 2008
Projecto adiado
A pedido de várias famílias e com um longo compasso de espera cá estou Eu!
No meio da azafama do dia a dia, da mudança, do aprender a viver uma nova vida e dos mil e um requisitos a que sou sujeito diariamente, tu meu querido blog e todos aqueles que o seguem (ou não) atentamente, ficaram inevitávelmente guardados na prateleira.
A todos as minhas desculpas!
Não ficaram esquecidos! apenas momentaneamente adiados, tal qual como outros tantos projectos em que o tempo escasseia para os manter vivos.
segunda-feira, junho 23, 2008
O Ranço Salazarista
Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal.
Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também, dores físicas.
Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz - os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.
Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.'
Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como.
Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.
Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se.
Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem.
A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso.
Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.
Baptista Bastos
terça-feira, maio 20, 2008
Destino
quinta-feira, abril 17, 2008
segunda-feira, março 03, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Sou apenas mais uma janela...fechada
Queria ser livre, voar, ter asas
lançar-me aos desafios sem pensar no amanhã
amar como se ama de verdade
viver sem mágua sem medos
Queria acreditar...voltar a acreditar
mas não passo de mais uma janela.....fechada
lançar-me aos desafios sem pensar no amanhã
amar como se ama de verdade
viver sem mágua sem medos
Queria acreditar...voltar a acreditar
mas não passo de mais uma janela.....fechada
Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo
Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta
Quem és tu, na imensidão do deslumbre
As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga
Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo
Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo
Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta
Quem és tu, na imensidão do deslumbre
As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga
Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo
Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo
Jorge Palma
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Ao meu encontro
Por entre o vazio e o nada
encontro-me a meio caminho
da estrada inconstante da vida
que percorro dia e noite sozinho
Nada busco
Nada espero
Nada me desperta a atenção
Sou mais um homem que caminha no deserto
Sem saber bem a direcção
Almejo alcançar o oasis
mas não tenho a sede para beber
a àgua de qualquer fonte
nada temo nem o morrer
Procuro-me e vou encontrando
o sentido e as razões para continuar
que nem um tolo no meio do deserto
debaixo de torrido sol a andar
E sigo assim meu caminho
na esperança de um dia alcançar
o tão desejado oasis
para que possa então repousar
encontro-me a meio caminho
da estrada inconstante da vida
que percorro dia e noite sozinho
Nada busco
Nada espero
Nada me desperta a atenção
Sou mais um homem que caminha no deserto
Sem saber bem a direcção
Almejo alcançar o oasis
mas não tenho a sede para beber
a àgua de qualquer fonte
nada temo nem o morrer
Procuro-me e vou encontrando
o sentido e as razões para continuar
que nem um tolo no meio do deserto
debaixo de torrido sol a andar
E sigo assim meu caminho
na esperança de um dia alcançar
o tão desejado oasis
para que possa então repousar
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Silêncioso despertar
sábado, janeiro 05, 2008
Quem sou eu num mar de mundo
sou barco de panos rotos
não fossem os bons pilotos
já eu tinha ido ao fundo
Não tenho saber fecundo
para entrar na poesia
só penso durante o dia
no final dos meus castigos
se me falta-se os amigos
já eu cá não existia
Nunca fui mal procedido
Nunca fiz mal a ninguém
se acaso fiz algum bem
não estou disso arrependido
Se mal pago tenho tido
são defeitos pessoais
nós somos todos iguais
no reino da eternidade
na balança da igualdade
Deus sabe quem pesa mais
"Calafate"
"Calafate"
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