Quem sou eu num mar de mundo
sou barco de panos rotos
não fossem os bons pilotos
já eu tinha ido ao fundo
Não tenho saber fecundo
para entrar na poesia
só penso durante o dia
no final dos meus castigos
se me falta-se os amigos
já eu cá não existia
Nunca fui mal procedido
Nunca fiz mal a ninguém
se acaso fiz algum bem
não estou disso arrependido
Se mal pago tenho tido
são defeitos pessoais
nós somos todos iguais
no reino da eternidade
na balança da igualdade
Deus sabe quem pesa mais
"Calafate"