quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Sou apenas mais uma janela...fechada

Queria ser livre, voar, ter asas
lançar-me aos desafios sem pensar no amanhã
amar como se ama de verdade
viver sem mágua sem medos
Queria acreditar...voltar a acreditar
mas não passo de mais uma janela.....fechada




Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta
Quem és tu, na imensidão do deslumbre

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo

Jorge Palma

2 comentários:

Anónimo disse...

vamos abrir as janelas edeixar entraros raios de sol...

animus animi disse...

Boa!
e tu...já fechaste a porta e abriste a janela?
Tenho saudades tuas!
Beijo grande